A START Esposende é um espaço onde as ideias ganham vida e os negócios encontram as condições certas para crescer. Para dar a conhecer as histórias inspiradoras e os projetos que fazem parte da nossa incubadora, criamos a START Stories, uma rúbrica que destaca o percurso, os desafios e as conquistas dos nossos incubados.
Cada história é um exemplo de inovação, resiliência e crescimento, mostrando o impacto da START Esposende no desenvolvimento de negócios de sucesso. Na quarta edição, damos destaque à AIM Cancer Center, uma empresa que redefine o tratamento do cancro, focando na pessoa como um todo, não apenas na doença..
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Como nasceu a ideia da AIM? Qual foi a inspiração por trás do negócio?
A nossa médica fundadora, oncologista num dos maiores hospitais universitários do país, sentia uma enorme frustração por, em ambiente hospitalar, pouco se poder oferecer aos doentes oncológicos para além dos tratamentos farmacológicos. No seu mestrado, fez o primeiro ensaio clínico português que avaliou o impacto do treino de força nos doentes oncológicos. Começou a aprofundar conhecimentos nas áreas da nutrição, suplementação e a perceber como a medicina do estilo de vida aplicada à oncologia tinha o potencial de mudar a vida das pessoas diagnosticadas com cancro. À medida que a nossa fundadora acompanhava mais pessoas com doenças oncológicas, cada vez sentia mais falta de trabalhar em estreita colaboração com colegas dentro da mesma instituição, de poder prestar melhores cuidados em equipa, em ambiente multidisciplinar, e percebia que essa necessidade também era sentida por outros colegas. Faltava um centro de referência em cuidados complementares em oncologia que assegurasse cuidados de excelência e diferenciadores, para onde os profissionais pudessem encaminhar os doentes e saber que seriam vistos por colegas das várias áreas com formação e experiência em oncologia válidas. O AIM surgiu para vir dar resposta a esta carência nos cuidados em oncologia. O formato online permitiria que chegássemos às pessoas diagnosticadas com cancro, independentemente da sua localização geográfica (Portugal, nas ilhas ou no estrangeiro).
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Qual é o principal objetivo da empresa e o problema que procuram resolver no mercado?
O nosso grande objetivo é fazer chegar os melhores cuidados complementares em oncologia a mais pessoas com diagnóstico de cancro, com a missão de melhorar os resultados dos tratamentos, a sua qualidade de vida e longevidade, para além de formar e conscientizar os profissionais de saúde para acabar com a carência de informação na área da Oncologia. No fundo, queremos tornar-nos uma autoridade na saúde.
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Como é que a START Esposende contribuiu para o crescimento da AIM e que recursos ou apoios oferecidos pela START Esposende tiveram maior impacto no desenvolvimento da empresa?
A START Esposende deu-nos mais do que um espaço, permitiu-nos o acesso a mentorias, a uma série de contatos e pensamento estratégico que permitiram que a AIM crescesse, e estarmos onde estamos hoje.
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Quais foram os maiores desafios que enfrentaram no início e como a START ajudou a superá-los?
Um dos maiores desafios no início foi estruturar a nossa ideia com segurança e visão de longo prazo. A START foi essencial ao disponibilizar mentores que nos orientaram nos primeiros passos estratégicos da empresa, ajudando a transformar um conceito inovador num projeto viável e sólido. Além disso, a rede de contactos — especialmente nas áreas de apoio legal e administrativo — foi fundamental para navegarmos com mais confiança. A possibilidade de termos um espaço físico, adaptado ao crescimento da nossa equipa e com custos compatíveis com a realidade de uma startup, foi também uma mais-valia para a nossa consolidação.
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Quais foram os principais marcos alcançados pela AIM?
O nosso principal marco foi o I Oncosummit, um congresso médico, de 3 dias, realizado na Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa que contou com mais de 600 participantes, mais de 50 palestras, mais de 40 oradores, e 10 workshops. O feedback foi extraordinário, e ainda hoje temos participantes a ligar-nos e a questionar a nova data do Oncosummit porque estão ansiosos pela nova edição.
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Há algo que teriam feito de forma diferente durante a trajetória da empresa?
Provavelmente não faríamos nada de forma substancialmente diferente. Os desafios e os erros que enfrentámos fizeram parte essencial do nosso crescimento. Sem eles, não teríamos aprendido o que realmente funciona, nem conseguido aprimorar o nosso modelo. Cada obstáculo ajudou-nos a ganhar clareza, resiliência e a construir uma base mais sólida. Fazem parte do processo de testar, ajustar e evoluir — algo que consideramos fundamental numa startup.
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Quais são os planos futuros para a AIM? Há novos produtos ou serviços a caminho?
O principal foco da AIM nos próximos tempos será a expansão para mercados fora de Portugal, levando a nossa abordagem integrada em oncologia e estilo de vida a uma escala mais global. Além disso, estamos a trabalhar no fortalecimento de ligações B2B, criando parcerias estratégicas com instituições de saúde, universidades e organizações que partilhem da nossa visão. Queremos que o impacto da AIM vá além da formação individual, contribuindo também para a transformação sistémica dos cuidados oncológicos.
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Que mensagem gostariam de deixar para outros empreendedores que estão a pensar em incubar os seus negócios na START Esposende?
A nossa mensagem para quem está a pensar incubar o seu negócio na START Esposende é simples: o mais importante é começar. Nem todas as startups precisam de aspirar a ser unicórnios ou captar milhões em investimento. Às vezes, a melhor estratégia é dar o primeiro passo, focar nas vendas e construir, com consistência, uma base sólida que garanta autonomia financeira. Crescer passo a passo, com sustentabilidade, permite criar uma empresa real — não apenas uma ideia atrativa para fundos ou candidaturas. Começar do início, com os pés na terra, como milhares de negócios bem-sucedidos fizeram ao longo da história. A START é um ótimo lugar para isso.
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Obrigado, AIM Cancer Center.
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