A empresa do grupo Becri tem procurado melhorar a eficiência e controlar os tempos do seu processo produtivo. Para isso, a Gubec, empresa do concelho de Esposende, que tem sentido alguns constrangimentos por causa da pandemia, tem reforçado o acesso à informação com o Vector Dashboard e outras tecnologias da Lectra.
Resultado da aquisição de uma confeção já existente em Esposende, a Gubec, que emprega 100 pessoas, tem passado por um processo de modernização para acompanhar as outras unidades do grupo Becri. «Os colaboradores que cá trabalhavam utilizavam já máquina de corte e software, mas não era Lectra. Como todo o grupo Becri sempre foi ligado à Lectra, nada mais fazia sentido do que trazer essas soluções também para a Gubec», explicou Rui Costa, CEO da Gubec, durante o webinar promovido pela Lectra, que pode ser visto ou revisto online.
Modaris Expert, na modelagem, Diamino Expert, para os planos de corte, Optiplan para o planeamento e otimização das ordens de corte, Brio X55 no estendimento, e a máquina de corte automático Vector Fashion iQ 80 com Dashboard e Radiolink são as tecnologias atualmente implementadas na Gubec, num processo de transição que Rui Costa garantiu ter sido «simples», até porque, sublinhou, «os softwares são intuitivos e fáceis de utilizar».
O mais recente a ter sido implementado foi o Vector Dashboard, onde é possível, acedendo a um portal online, «visualizar os indicadores-chave de desempenho da sala de corte, permitindo uma análise fácil e agilizar tomadas de decisão», como revelou Carlos Esteves, customer care manager da Lectra.
«Começámos a usar este mês [março de 2021] mas já demonstrou que é bastante útil porque permite à gestão, não só à gestão de corte mas também a mim, ter uma visão mais real e concreta da performance da equipa de corte e se estamos, ou não, a atingir os nossos objetivos», afirmou Rui Costa. «No fundo, é juntando estas ferramentas todas que a Lectra está a conseguir ajudar-nos a ser mais eficazes e eficientes a nível produtivo», acrescentou o CEO da Gubec.
Eficiência na incerteza
Estas ferramentas têm sido particularmente importantes numa altura em que a incerteza é mais comum no mercado, fruto da pandemia e dos desafios a ela associada. De acordo com o CEO da Gubec, o Covid-19 tem vindo a impactar a empresa de formas diferentes, desde o cancelamento e diminuição de encomendas nos primeiros dois meses ao aumento das quantidades solicitadas por alguns clientes nos dois meses seguintes, devido ao facto de «mais gente estar em casa, não necessitar tanto de roupa mais formal, e optar por roupa mais prática, mais confortável, que é o nosso core business».
Já com os confinamentos em Portugal e com as restrições impostas pelo governo, «o planeamento da produção é constantemente ameaçado, ao ponto de sofrer alterações diariamente – às vezes pode ser uma ou duas vezes alterado no mesmo dia», apontou.
Para uma empresa que tem como objetivo «cumprir do início ao fim com aquilo que nos propusemos para com os nossos clientes, tendo em conta aspetos de prazos, qualidade do produto e também qualidade do nosso serviço para o cliente», estes tempos têm sido de grandes desafios. «O que o Covid veio reforçar é que temos que ter cada vez mais controlo em tempo real do nosso processo, dos nossos fornecedores. Toda a informação em tempo real, para que estejamos preparados para as adversidades que possam surgir e daí tomar as decisões mais acertadas o mais rápido possível. A mudança que houve com o Covid é mesmo essa: é tomar a decisão certa o mais rápido possível», assegurou Rui Costa.
Fonte: Portugal Têxtil